segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Continuação da história do Acadêmicos do Salgueiro

Os anos se passaram, tiveram vários resultados ruins em razão de crises políticas e financeiras que fizeram com que Fernando Pamplona disse-se uma frase “Tem que tirar da cabeça o que não pode tirar do bolso”. Em 1969 o Salgueiro escolher enaltecer a Bahia com o famoso enredo “Bahia de Todos os Deuses”. Neste ano a escola quebrava mais um tabu, onde no mundo do carnaval havia uma crença de que o carnaval sobre a Bahia dava azar e também o Salgueiro se concentrou no lado direito da Candelária, onde para os sambistas também dava azar. Contra todos esses prognósticos pessimistas o Salgueiro foi campeão neste ano com um dos inesquecíveis sambas que a escola já fez (autor Bala):

“Nega baiana
Tabuleiro de Quindim
Todo dia ela está
Na Igreja do Bonfim
Na Ladeira tem
Tem capoeira
Zum Zum Zum Zum
Capoeira mata um...”

Neste mesmo ano, uma das alegorias chamava a atenção pela sua beleza, uma verdadeira obra de arte confeccionada por Arlindo Rodrigues a Iemanjá prateada toda em papel-machê.
Na década de 70 o Salgueiro continuava a mostrar belos trabalhos. No ano de 1971 a escola continuando com a temática negra levou para a avenida o enredo “Festa para um Rei Negro”, onde falava sobre a visita de príncipes africanos a Pernambuco. Num ano onde o samba destacou o Salgueiro conseguia mais um titulo para sua história.

Confira o samba de autoria de Zuzuca:
Ô-lê-lê, ô-lá-lá, pega no ganzê, pega no ganzá …”

No ano seguinte mais uma inovação do Salgueiro, sendo a primeira escola homenagear sua madrinha a escola vem com o enredo “Minha madrinha, Mangueira querida” e mais uma vez o samba se destacou, novamente do compositor Zuzuca.

Tengo-Tengo
Santo Antônio, Chalé (bis)
Minha gente, é muito samba no pé!


Ô ô ô, oh meu Senhor
Foi Mangueira (bis)
Estação Primeira
Que me batizou”


Em 1974 já com Joãosinho Trinta como carnavalesco o Salgueiro escolheu como enredo “O Rei de França na Ilha da Assombração”, um tema que trouxe o imaginário como nova contribuição para o carnaval e modificou de uma vez os enredos das escolas de sambas. Mesmo com dificuldades financeiras, Joãosinho conseguiu transformar em realidade o sonho do menino Luis XIII (que imaginava um reino de França no Maranhão). O desfile inteiro teve os detalhes cuidados e com muito luxo feito todo de isopor, papel alumínio, feltro e madeira. Na abertura dos envelopes veio a confirmação o Salgueiro se consagrava campeão naquele ano.
Continuaremos amanha...

Iemanjá no desfile de 1969
Temporal não acaba com o ensaio do Salgueiro no clube Maxwell
Samba do Salgueiro de 1969

Fotos do desfile de 1971


 Samba enredo do Salgueiro 1974

Grande compositor Noel Rosa e à esquerda Elza Soares puxando o samba de 1969

Ateliê de fantasias no carnaval de 1966

Vendedor de redes no desfile de 1969

Passistas no desfile de 1968

Detalhes do desfile de 1971

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